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Julho Verde - Câncer de Tireóide


Nódulos na tireoide são bastante comuns e, por causa de sua localização, os médicos, e muitas vezes os pacientes, conseguem senti-los com uma simples apalpação.


Felizmente, entre 90% e 95% desses nódulos são benignos. Além disso, os cânceres de tireoide podem ser detectados precocemente e o sucesso do tratamento pode chegar a 97% dos casos. 


A tireoide é uma glândula que fica na frente do pescoço e tem a forma de uma borboleta, com dois lobos de cada lado da traqueia unidos pelo istmo. Ela produz dois hormônios que contêm iodo, a tiroxina (T4) e a triiodotironina (T3), que controlam a velocidade do metabolismo, influenciam o desenvolvimento do corpo e a atividade do sistema nervoso.


Excesso de hormônios (o hipertireoidismo) tornam a pessoa hiperativa, nervosa, com fome e faz com que perca peso. Escassez de hormônio (o hipotireoidismo) faz com que a pessoa fique mais lenta, se sinta cansada e engorde.


A produção dos hormônios da tireoide é regulada por outra glândula, a hipófise (ou pituitária), que fica no cérebro e sintetiza o hormônio estimulador da tireoide (TSH). 

O câncer da tireoide é o mais comum da região da cabeça e pescoço e afeta três vezes mais as mulheres do que os homens.


A detecção precoce do câncer é uma estratégia para encontrar o tumor numa fase inicial e, assim, possibilitar maior chance de tratamento.


A detecção pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença (diagnóstico precoce), ou com exames periódicos em pessoas sem sinais ou sintomas (rastreamento), mas pertencentes a grupos com maior chance de ter a doença.


Não há evidência científica de que o rastreamento do câncer de tireoide traga mais benefícios do que riscos e, portanto, até o momento, ele não é recomendado.

O diagnóstico precoce desse tipo de câncer possibilita melhores resultados em seu tratamento e deve ser buscado, principalmente, com a investigação de algum nódulo inexplicado na tireoide. A conduta diante dos nódulos tireoideanos está bem estabelecida e vai levar em consideração a idade, o sexo, a apresentação do nódulo e sua evolução, a realização da ultrassonografia e do exame de sangue. Com essas informações, é avaliada a necessidade ou não da realização de punção aspirativa do nódulo para melhor definição de suspeita.

Na maior parte das vezes, a presença de um nódulo na tireoide não é câncer, mas é importante que ele seja investigado por um médico.

Sinais e Sintomas


A presença de um nódulo na tireoide, glândula localizada na região anterior baixa do pescoço, normalmente não é indicação de câncer. Entretanto, a ocorrência de nódulo tireoidiano em pacientes com história de irradiação prévia do pescoço (que já foram submetidos à radioterapia) ou história familiar de câncer da tireoide é considerado suspeito.


Nódulos tireoideanos que apresentam crescimento rápido também são mais suspeitos de serem malignos.


Nódulo tireoidiano, associado à linfonodomegalia cervical (gânglios linfáticos aumentados no pescoço) e/ou à rouquidão, pode ser indicação de um tumor maligno.


Em alguns casos mais avançados, além da rouquidão, sintomas compressivos e até mesmo sensação de falta de ar e dificuldade em engolir alimentos podem ser sintomas sugestivos de malignidade diante de uma massa localizada na tireoide.


Diagnóstico


O diagnóstico do câncer da tireoide começa com a história clínica e o exame físico. Muitas vezes, em tumores pequenos, os pacientes são assintomáticos.

O diagnóstico normalmente é feito após realização de ultrassonografia do pescoço na qual é encontrado um nódulo. De acordo com as características do nódulo, é feita punção aspirativa, por meio da qual pode ser confirmado o diagnóstico de câncer.

Caso seja esse o resultado, o paciente é encaminhado ao cirurgião para tratamento.




Tratamento


O tratamento do câncer da tireoide é cirúrgico. A tireoidectomia (retirada da tireoide) total ou parcial (em casos indicados) é o tratamento de escolha.


O tratamento dos carcinomas bem diferenciados (papilífero e folicular) depende dos riscos associados (extensão da cirurgia e necessidade da complementação terapêutica com iodo radioativo).


Alguns outros tipos histológicos, como é o caso dos carcinomas medulares, têm indicação de tireoidectomia total já associada à retirada dos linfonodos vizinhos à glândula.


A complementação terapêutica com o iodo radioativo deve ser sempre utilizada em pacientes com carcinomas bem diferenciados, considerados de alto risco e submetidos à tireoidectomia total.




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